Motos lideram ranking de excesso de velocidade

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Entre os cinco registros de maior excesso de velocidade flagrados pelo Radar Móvel de janeiro a junho deste ano, quatro envolvem motos. Ao todo, ocorreram 833 autuações devido à velocidade acima de 80 km/h, registradas pelo Radar Móvel. Deste total, 334 com motos.

Veja o ranking:

1º – moto – 130 km/h, na tarde de 25/5 (sábado), rua Souza Reis, nº 365;
2º – moto – 129 km/h, na manhã de 13/4 (sábado), na rua Pereira Franco, nº 366;
3º – moto – 129 km/h, na manhã de 24/4 (quarta-feira), na av. Aparício Borges, nº 2.310;
4º – carro – 126 km/h, na tarde de 20/6 (quinta-feira), na av. Ipiranga, nº 8.859;
5º – moto – 125 km/h, na tarde de 5/2 (terça-feira), na av. Assis Brasil, nº 6.215.
Nessas vias, a velocidade máxima permitida é de 60 km/h.

Nesse período, as motos se envolveram em 1.356 acidentes, com 1.307 feridos e 17 mortes, incluindo condutores e caronas. Das 18 vítimas fatais por atropelamentos, seis morreram atropeladas por motos. Os números apontam que diariamente ocorrem sete acidentes, em média, com motos; sete pessoas ficam feridas por dia. Também mostram que, a cada dez dias, morre um motociclista no trânsito em Porto Alegre. Das 40 vítimas fatais no trânsito em geral, no primeiro semestre de 2019, três a menos que no mesmo período de 2018, 85% estão relacionadas a motos e atropelamentos de pedestres. Os dados são da Coordenação de Indicadores e Engenharia de Tráfego (Cief) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

O diretor de Operações da EPTC, Paulo Roberto Ramires, afirma que neste segundo semestre terão continuidade as ações de fiscalização e de educação, com foco principal na segurança dos motociclistas, sem descuidar também da questão dos atropelamentos. “O segmento das motos tem apresentado um número elevado de acidentalidade, bastante preocupante. Certamente iremos reforçar as blitze, com foco principal na necessidade e obrigatoriedade no uso adequado dos equipamentos de segurança, além, é claro, das ações do Radar Móvel, para coibir o excesso de velocidade, imprudência maior para riscos de acidentes, e as ações de educação para o trânsito.”

Ramires destaca as atividades educativas. “A nossa equipe de educação para o trânsito prosseguirá com atividades envolvendo motos, nas ruas e nas empresas onde trabalham motociclistas. Ações nos CFCs, direcionadas aos condutores que buscam suas primeiras habilitações, sem esquecer aqueles que fazem reciclagem, igualmente terão continuidade.”

Perfil – De acordo com o Programa Vida no Trânsito, estudo desenvolvido entre EPTC, Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Detran e Instituto Geral de Perícias (IGP), de análise das causas da acidentalidade no trânsito na Capital, os principais causadores das mortes de motociclistas são: velocidade excessiva ou inadequada; alcoolemia positiva; condutor sem habilitação e também o avanço do sinal.

Programa Motociclista Seguro – A EPTC, com o objetivo de reduzir o alto índice de acidentalidade envolvendo motociclistas, instituiu o Programa Motociclista Seguro, em parceria com as principais revendas de motocicletas da Capital. “Estão sendo entregues materiais educativos, como folderes, além de vídeos sobre equipamentos de segurança viária. Acreditamos que um trabalho cooperado entre os órgãos e as revendedoras pode somar no processo de modificação dessa realidade”, destaca a engenheira da EPTC, Diva Yara Mello Leite.

Texto de: Claudio Furtado/PMPA
Edição de: Andrea Brasil / PMPA
Foto: Unsplash