Prefeitura reforça 20 novos leitos de UTI em Porto Alegre

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Equipamentos incluem itens essenciais para tratamento de pacientes com coronavírus

A Prefeitura de Porto Alegre reforça a estrutura hospitalar do município para acolher os pacientes que necessitarem de cuidados intensivos durante a pandemia de coronavírus. Uma força-tarefa foi realizada nesta sexta-feira, 20, até o Hospital Parque Belém, na Zona Sul, para recolher equipamentos de 20 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os aparelhos estavam desativados desde maio de 2017, quando a instituição suspendeu suas atividades.

Entre os itens requisitados estão 10 respiradores, que são vitais para a sobrevivência dos pacientes graves de coronavírus, além de 12 monitores multiparâmetro, utilizados para controlar sinais vitais, e 47 bombas de infusão, que permitem controlar dosimetria de medicamentos aplicados por via intravenosa.

Em plenas condições de uso, os equipamentos foram entregues ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que ficou encarregado de avaliar a melhor forma de colocá-los à disposição da população. Segundo o prefeito Nelson Marchezan Júnior, o objetivo não é só abrir novos leitos de UTI, mas contribuir para que Porto Alegre tenha melhores condições de fazer frente às demandas do coronavírus. “Neste momento, a nossa prioridade é agir rápido. Os equipamentos ficarão sob os cuidados de um grupo que já conta com uma ampla estrutura funcional, além de profissionais com conhecimento técnico para utilizá-los de forma efetiva e imediata no combate ao coronavírus”, explica.

Equipamentos – Além de respiradores, monitores multiparâmetro e bombas de infusão, a Prefeitura recolheu camas hospitalares, desfibriladores, eletrocardiogramas, aparelhos de raios X, autoclaves com osmose, eletroencefalogramas, focos cirúrgicos, aparelhos de CR – Sistema de Digitalização de Imagem, lavadoras extratoras de roupas hospitalares, vídeos endoscópios, secadoras de roupas hospitalar, focos cirúrgicos de teto com iluminação, cadeiras, longarinas, armários, microscópios cirúrgicos, arcos cirúrgicos, ecógrafos com Doppler e outros equipamentos destinados ao combate do vírus.

Base legal – A requisição dos equipamentos está prevista no decreto 20.509, assinado nessa quinta-feira, 19, pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior. A ação se ampara na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que permite à prefeitura requisitar bens e serviços para atender necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias.

Apoio – A ação teve o apoio do setor de transporte rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul. A Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do RS (Fetransul) atendeu prontamente ao pedido da prefeitura e solicitou ao seu maior sindicato afiliado, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do RS (SETCERGS), que fizesse a logística do processo. Assim, empresas associadas emprestaram, de forma rápida e voluntária, sete caminhões para fazer o transporte dos equipamentos. As transportadoras envolvidas (Itaipu Logística, Kodex Logística, Rodonaves, Vitlog Transportes e Modular Transportes) também cederam motoristas, ajudantes e um coordenador operacional para carregar e descarregar os materiais. Já o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) colaborou com cinco caminhões e 12 ajudantes.

Hospital Parque Belém – Fundado em 1940, o Hospital Parque Belém funcionou por muitos anos focado no tratamento de doentes de tuberculose. Em 1975, transformou-se em hospital geral, operando assim até maio de 2017, quando suspendeu suas atividades devido a dificuldades financeiras. Desde o início, a instituição funcionou em regime privado-filantrópico, sendo administrada pela mantenedora Associação Sanatório Belém.A requisição administrativa de seus bens terá vigência enquanto perdurar a situação de emergência de saúde pública em Porto Alegre.

GHC – Em Porto Alegre, o GHC administra quatro hospitais e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ao todo, opera 92 leitos de UTI – e já avalia a possibilidade de reservar 80 apenas para o tratamento de pessoas infectadas pelo coronavírus, caso seja necessário.

Texto de: Andreas Müller/PMPA
Edição de: André Malinoski/PMPA