Porto Alegre tem a quarta cesta básica mais cara do país

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Valor do conjunto de alimentos teve queda de 1,08% em relação a dezembro; em 12 meses a alta é de 12,53%

A cesta básica da capital gaúcha começou o ano de 2023 como a quarta mais cara do país. O custo ficou em R$ 757,33, de acordo com pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

O valor registrado em janeiro caiu 1,08%, em relação a dezembro de 2022, quando na ocasião foi a terceira mais cara entre as capitais. Somados os aumento nos últimos 12 meses, o custo da cesta subiu 12,53%.

Dos 13 produtos pesquisados, quatro registraram queda de preço em janeiro: o tomate (-20,19%), a banana (-4,30%), o óleo de soja (-1,49%) e a farinha de trigo (-0,41%). Por outro lado, nove itens registraram alta: a batata (13,49%), o feijão (8,05%), o arroz (4,04%), o leite (3,45%), o café (1,01%), a carne (0,76%), o pão (0,62%), a manteiga (0,54%) e o açúcar (0,22%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em 12 dos 13 produtos da cesta: na batata (76,92%), na farinha de trigo (32,33%), na manteiga (28,42%), no leite (27,66%), no pão (21,34%), no arroz (17,83%), no café (16,34%), no tomate (12,87%), na banana (10,84%), na carne (3,85%), no feijão (1,54%) e no açúcar (0,67%). O único item que ficou mais barato foi o óleo de soja (-1,12%).

Custo e variação da cesta básica em 17 capitais / Fonte: DIEESE

Salário mínimo ideal
Em janeiro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00, aponta do Departamento. 

Conforme expõe o Dieese, mesmo com o aumento de 7,43% no salário mínimo, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 116 horas e 22 minutos. Em dezembro de 2022, antes do reajuste, a jornada média seria de 122 horas e 32 minutos e em janeiro de 2022, de 112 horas e 20 minutos.

“Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2023, 57,18% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em dezembro de 2022, com o salário mínimo em R$ 1.212,00, o trabalhador precisou usar 60,22% da renda líquida”, expõe. 

Fonte: Brasil de Fato